quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Renascença Carolíngia

Uma breve dissertação sobre a reforma realizada por Carlos Magno



por: Pietro P. Perini
O termo renascença usado no fim da idade média, em que denota o término da conhecida Idade das Trevas é atribuído antes mesmo desta terminar. Muitos historiadores a consideram como controversa, mas a efeito de mudanças podemos considerar sim, o período dos reis carolíngios como uma renascença.
Coube ao sucessor da dinastia merovíngia, Pepino, o Breve, em 751 dar inicio a reforma do Império Romano. Filho do expressivo Carlos Martel, Pepino torna-se mais importante por vir a ser progenitor do grande responsável pela dita reforma carolíngia, Carlos Magno.
Coloca o Império novamente em boa posição ao derrotar os Saxões na Germânia e também conquistando os Lombardos, além dos frísios e os avaros. Outras conquistas são atribuídas a expansão do Império sob comando de Carlos Magno. No entanto o principal feito de Magno foi a reforma na educação do Império. Criou também cargos administrativos que auxiliaram durante anos a organização política do império.
Analfabeto até próximo a sua morte, sempre prezou pelo saber e pelas artes. Seu assessor, Alcuíno, implementou o sistema de educação a partir das sete artes liberais: o trivium, ou ensino literário (gramática, retórica e dialética) e o quadrivium, ou ensino científico (aritmética, geometria, astronomia e música). A partir de 787 foram tomadas imposições para que ficasse ao cargo dos mosteiros, sedes dos bispados e às cortes a restauração de escolas antigas e fundação de novas. Outro fato que impulsionou a evolução do Império foi o cunho das moedas de prata que circulavam por toda extensão deste.
Através de Carlos Magno teremos um momento em que o império ocidental adere ao conceito de cesaropapismo, quando expõem sua fervorosidade religiosa. Conforme parte de carta a Papa Leão III: "Quero não só defender com as armas a Igreja de seus inimigos externos, mas também fortificá-la em seu interior através do maior conhecimento da doutrina católica". Agia então de forma direta nas questões estatais assim como nas questões de cunho religioso.